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Infectologista do Hetrin orienta sobre picadas e mordidas de animais

Durante as férias, o número de acidentes com animais peçonhentos e mordidas de cães e gatos aumentam e os cuidados devem ser redobrados

 

Ao longo do mês de julho, se torna cada vez mais comum acidentes com animais peçonhentos e ataques de cães e gatos. O aumento no número de casos se justifica por ser um período em que as pessoas estão mais em casa, devido às férias escolares e, infelizmente, as crianças se tornam um dos principais públicos desses acidentes. Por isso, o cuidado com o local onde elas brincam deve ser redobrado.

No Hospital Estadual de Trindade (Hetrin), unidade do Governo de Goiás gerida pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (IMED), já registrou, só no início de julho, 14 casos envolvendo escorpiões, cães e gatos, e em junho, quando teve início o período de férias, foram registrados 27 atendimentos referente à zoonoses. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), já foram registrados quase três mil acidentes envolvendo animais peçonhentos em 2023.

Com o aumento dos casos, a infectologista do Hetrin, Pamela Wander Rosa, alerta sobre como proceder e prevenir esses acidentes. Ela aponta que cuidados simples como manter o quintal sempre limpo, livre de entulhos e ralos sempre que possível fechados, ajudam na prevenção de animais peçonhentos.

Em lugares abertos, como chácaras, acampamentos em rios e parques, o uso de roupas e calçados adequados é essencial, assim como em locais de mata ou grama alta, adotar sempre o uso de calça comprida e sapatos fechados. “O cuidado deve ser redobrado ao manusear montes de folhas, arbustos e ao estar em locais como beira de lago ou rio. Caso a pessoa esteja uma área afastada, não existem medicamentos antivenenos de uso domiciliar”, explica a infectologista do Hetrin, informando que a soroterapia adequada se encontra disponível apenas em unidades de atendimento hospitalar.

Pamela ressalta que sempre que for seguro e possível, é importante registrar, por foto, o animal que causou o acidente, pois isso auxilia na conduta do profissional de saúde. “Mas atenção: matar e transportar animais silvestres é crime, além de haver o risco de novo acidente, portanto, esses animais não devem ser levados a unidade de saúde”, orienta ela.

O que fazer em caso de acidente?

Em caso de acidente, a orientação é lavar o local com sabão e água limpa e abundante, não garrotear a área afetada, não sugar, nem perfurar a lesão ou as bolhas e não passar substâncias ou produtos sem orientação médica. E procurar, o mais rápido possível, o atendimento médico.

Diante desse cenário, é importante lembrar que muitas doenças têm sua origem nas zoonoses, sendo transmitidas pelos contatos com animais por mordedura, arranhadura, picada ou secreções. “Manter o quadro vacinal completo também é essencial nesses casos, como da febre amarela, da raiva e outras vacinas disponíveis”, reforça Pamela.

Quando encontrar algum animal peçonhento em casa ou na rua, o mais indicado é ligar para o Centro de Zoonoses da Secretaria de Saúde da cidade ou acionar o Corpo de Bombeiros no telefone 193. E em casos de picadas ou mordidas sempre procure atendimento médico imediato para avaliação. O Hetrin funciona 24 horas e com uma equipe capacitada para fazer o atendimento inicial e encaminhamento para unidade especializada, caso seja necessário.

 

Assessoria de Comunicação do Hospital Estadual de Trindade

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